Método Ocra

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O QUE É O MÉTODO OCRA?

O Método OCRA foi criado para fazer prevenção de distúrbios musculoesqueléticos de membros superiores. A medicina do trabalho está acostumada a riscos físicos, químicos e biológicos. Atualmente na Europa a maior incidência de doenças relaciona-se com a sobrecarga musculoesquelética de membros superiores. Não só na Europa, como na América e em outros países também os problemas musculosesqueléticos têm um nível elevado de incidência. Em 1994 os autores, Prof. Dr. Antonio Grieco, Prof. Dr. Enrico Occhipinti, Prof. Dra. Daniela Colombini, da Universidade de Milão começaram pesquisar o tema, trabalhando na criação de um método objetivo de verificação desses problemas, porque a medicina do trabalho precisava de uma ferramenta de medição objetiva.

Inicialmente pesquisaram exaustivamente na literatura, a existência de outros métodos de avaliação. Estudaram todos os métodos existentes na literatura internacional, mas não ficaram satisfeitos. A literatura diz que para avaliar adequadamente o risco é necessário avaliar muitos fatores: organização do trabalho, freqüência, força, postura, tempo de trabalho, tempo de pausa e, depois, se o trabalhador tem outras tarefas durante o dia. Os métodos encontrados na época, não estudavam todas essas variáveis, só estudavam freqüência e força. Mas alguns trabalhadores executam suas tarefas, por exemplo, de braços levantados, e o ombro fica lesionado, e não era possivel avaliar o ombro. Outros métodos dão conta somente do punho, e não é possivel estudar somente o punho. A duração do trabalho também é um fator importante. Um trabalhador que não faz pausas é diferente daquele que faz. Nessa situação o risco muda.

Para poder atender esta demanda foi criado o Método OCRA, que atualmente é Norma ISO Internacional (ISO 11228-3) e Norma Européia (EN 1005) obrigatória.

OBJETIVOS FUNDAMENTAIS

  • Avaliar condições de risco de lesões de membros superiores em função da atividade exercida
  • Adequar os postos de trabalho, mensurando repetitividade e o esforço muscular
  • Prever número de trabalhadores acometidos
  • Propor soluções práticas e exeqüíveis
  • Produtividade sem riscos

PORQUE O MÉTODO OCRA?

  • Maior capacidade para considerar os diferentes elementos de risco existentes no trabalho
  • Maior capacidade para avaliar adequadamente os riscos através do estudo das “ações técnicas”
  • Facilidade para entender e ser entendido pelos técnicos e pelos trabalhadores
  • Supervisores, técnicos, operadores de máquina etc... podem ser capacitados (1º nível)
  • Facilidade para identificar os elementos críticos do trabalho
  • Fundamental na fase de projetação ou de re-projetação dos postos de trabalho e das tarefas
  • Permite avaliar tarefas com ciclos de trabalho longos e multitarefas
  • Conclusões embasadas em estudos clínicos extensos, correlacionados a situações reais de trabalho (+ de 10.000 casos clínicos documentados)
  • Permite definir cientificamente valores críticos e elaborar modelos teóricos de predição
  • Único método proposto pela EM 1005-5 para avaliação de risco, Diretiva Européia
  • Reconhecido internacionalmente como Norma ISO 11228-3:2006 - Método Preferencial

DEMANDAS ATUAIS NR-17

  • Elaboração da avaliação e análise ergonômica cientificamente embasada
  • Permite avaliar riscos normalmente não considerados
  • Avaliação rápida através do CHECK LIST OCRA (1º nível)
  • Definição de prioridades através do CHECK LIST OCRA (1º nivel)
  • Análise aprofundada, detalhada e precisa através do ÍNDICE OCRA (2º nível) permitindo a re-projetação dos postos e das tarefas

DEMANDAS ATUAIS NTEP

  • Reconhecimento do risco e da possibilidade do surgimento de casos patológicos em diferentes atividades
  • Comprovar ou negar a existência de nexo, com base cientifica
  • Corrigir adequadamente as condições agressivas detectadas
  • Prever a redução do risco de patologias a curto, médio e longo prazo
  • Reinserção segura no trabalho dos afastados, após a alta
  • Avaliar a possibilidade de trabalho dos PNE em determinadas atividades
  • Colaborar na elaboração de uma real relação entre risco e atividade

DEMANDAS ATUAIS DRT - LEGAIS

  • Permitir avaliações de nexo causal, seguras pelo  Perito, ou pelo Auditor Fiscal em demandas trabalhistas
  • Confirmar ou afastar o questionamento de nexo em processos judiciais

DEMANDAS ATUAIS DAS EMPRESAS

  • Conhecer o risco e estimar o número de potenciais futuros  acometidos  e conseqüentemente o custo futuro
  • Comparar o custo de uma re-projetação atual em comparação com o custo futuro do ausentismo, do pagamento de tratamentos e indenizações
  • Convencer as Empresas da necessidade de projetar ou re-projetar postos de trabalho ou atividades de forma adequada com risco mínimo
  • Preservar a imagem da Empresa na sociedade
  • Gestão do científica do risco